mostra-nos o
passado recôndito
na clareira da
madrugada,
desnuda o que é
maldito
e realça à tua
passagem
o imponente monte
pardo
sobre a verdura da
paisagem.
Lua de paixão crescente,
alcança estas
serras
com teus braços de
luz,
e acorda
lentamente
na penumbra do
horizonte
os caminhos da
alvorada
renascida
defronte.
Lua das asas de prata,
acorda as aves
sonhadoras
trespassando a
densa mata
com teus uivos de
Poente,
faz voar ainda
mais alto
a vontade que te arrebata
no abismo da
vertente.
Lua, Mãe da
madrugada,
ilumina o eterno desejo
de perceber nas
velhas sombras
a pujança de um
adejo,
e exalta a nossa
força
tão profunda e
arraigada