É na voz do Silêncio
que emerge a subtil voz
de tudo o que não ouço:
um aparente vazio, fremente,
que expressa a sua presença
na paciente voz da esperança.
E se algo eu ouço,
é apenas um troço
da constante experiência de existir,
se existir for um contínuo fio universal
sem início nem fim,
sem tempo nem distância...
Nas vestes do mundo
encontro a guerra e a Luta,
encontro a hipocrisia e a Paz
encontro o egoísmo e o Silêncio...
Mas é na voz da Luta e da Paz
que encontro o Silêncio
da subtil voz universal:
eterna esperiência de existir.
Outubro 2020 Hugo Ferreira Pires