Que cálice eu
trago,
que me dá a
cada trago
o amargo travo da luta
no
infindável suor da labuta?
Que cruz é
esta no caminho
que me
cruza o pergaminho
dos sonhos
e do querer
como cravos
a romper?
Que mar de
lágrimas é este
que me
soçobra no olhar,
que me
turva o caminhar
e me promete
a Paz, ao acordar…?
E esta Luz que me encandeia
E esta Luz que me encandeia
na escuridão
que me permeia,
virá da
luta que não cessa
ou do sono que se apressa?
ou do sono que se apressa?
Agosto 2020 Hugo Ferreira Pires