Porque choras Primaveras
no tenro húmus deste chão?
Porque revolves teu coração
numa chuva de quimeras?
Porque navega tua saudade
em alagados soluços de memórias?
Que intemporais ausências perentórias
te vedam no peito a liberdade?
Vês o avanço do tempo em cada instante?
Nada será o que foi, nada é o que será;
mesmo o que vês e o que sentes, mudará…
E o tudo sempre te espera adiante!
Sobre o tenro húmus, passo após passo,
chegarás a outros mares, ventos e faróis;
inolvidável presença de novos sóis,
novas pátrias, novos rumos, um outro espaço.
16/01/2021 Hugo Ferreira
Pires