sábado, 16 de janeiro de 2021

Novas Pátrias

Porque choras Primaveras

no tenro húmus deste chão?

Porque revolves teu coração

numa chuva de quimeras?

 

Porque navega tua saudade

em alagados soluços de memórias?

Que intemporais ausências perentórias

te vedam no peito a liberdade?

 

Vês o avanço do tempo em cada instante?

Nada será o que foi, nada é o que será;

mesmo o que vês e o que sentes, mudará…

E o tudo sempre te espera adiante!

 

Sobre o tenro húmus, passo após passo,

chegarás a outros mares, ventos e faróis;

inolvidável presença de novos sóis,

novas pátrias, novos rumos, um outro espaço.


16/01/2021          Hugo Ferreira Pires