e o
horizonte enverga um manto
de poeira
levantada
na trémula
voz do meu canto.
A misteriosa
sombra do Poente
acorda os
opacos ventos
na
anunciada penumbra
de segredos
e tormentos.
O nevoeiro
da noite
traz da
ilusão a fina veste
como cegueira
perdida
na luta que
minha alma reveste.
Enquanto os
ventos vagueiam
sob a prata
da lua,
acorda do
sono a coragem
na proa de
uma falua.
E assim
desperta o Nascente
como um sopro
salvador
colorindo as
vestes de Apolo
com o rubro
fogo lutador.
O meu chão
é de terra
e o caminho
enverga a vontade
de erguer a
coragem
nos passos
acesos da verdade.
A poeira de
hoje será no horizonte
o sedimento
da estrada percorrida:
sublimes grãos
de experiência
na contínua
esteira da vida.