Emigrante
que lutas lá fora
Pelo
pão que sonhas comer no teu país;
Hás de
voltar e tornar a ser feliz,
Hás de
voltar à terra que te chora.
Bendita
a hora do regresso à terra natal!
Para
trás deixas amigos curtidos e benditos,
Outros
tantos inimigos, arrogantes e malditos,
Que o
mundo é feito de gente desigual.
Lá de
longe, de outro país,
Trazes
a neve e o frio nas mãos,
Calor e
chuva de países irmãos,
Vida
que o coração não quis.
No teu
rosto, a visão salgada da mudança,
Concretizas
enfim o sonho da tua ânsia.
Ali
está o rio da tua infância,
As
árvores e os teus sonhos de criança.
E com
os olhos dormentes de saudade
Abraças
com ternura amigos e familiares,
Porque
é deles que se fazem as saudades
Uma
vida inteira de amor e amizade.
Entre
amigos sorridentes voltas também tu a sorrir,
Momentos aguardados no cálice da temperança.
Finalmente no teu país, entre as mãos da lembrança,
Caminho
que talhaste com a força de nunca desistir!
Novembro, 2016 Hugo Ferreira Pires