verdejantes vertentes
descem ferrenhas
sobre as águas correntes.
São águas alvas de pureza,
níveas de brilho solar!
mãos do tempo a passar...
Na sombra do pinhal d'El Rei
sussurram as memórias do mar
outrora conquistado p'la grei -
- vozes do reino a bramar!
Soam os sinos nas torres cristãs
dando voltas às eternas agulhas;
acesas vão as naus anciãs,
luzindo no Breu como fagulhas.
Além Tejo brilha o trigo loiro
adornado de pedras alvas;
sustenta moinhos d'oiro -
- puros filhos de malvas!
Em terras rubras do Garbe
espraia-se o mar navegante;
ao céu infindo eleva o Algarve
a voz de um povo flamante.
Julho 2018 Hugo ferreira Pires
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