Sim, cai
neve no meu caminho…
Ainda
ontem a chuva
me encadeava
o olhar
absorto
no sol do passado.
E no
passado, eu olhava o futuro,
imaginando
uma Primavera eterna
de jardins
frementes,
de árvores
clementes.
Ainda ontem,
era eu criança,
a minha
aldeia era o paraíso,
era ela
o mundo,
o meu
sorriso.
Hoje,
resta-me o sol acima das nuvens
bem
longínquo, lá no alto,
sob o qual
se estende este alvo manto:
branco
silêncio de paz perdida…
Quero de
novo o sonho infantil
e a poética
quimera primaveril!
Quero de
novo sentir a Primavera,
essa chama
eterna que me acalenta na espera
e me
sorri ao coração…
Hugo Ferreira Pires Abril 2019
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