Não somos o troço de madeira
flutuando sobre o largo abismo oceânico,
mas a fausta dança das marés.
flutuando sobre o largo abismo oceânico,
mas a fausta dança das marés.
Não somos a ave abandonada aos céus
perdida em ventanias de agonia,
mas o pleno cantar dos ventos.
Não somos o grito do amargo desespero
travado no peito sofrido,
mas o eterno canto da vida.
Não somos o sofrimento da ausência
sangrando num coração trespassado,
mas a eterna esperança luzindo Amor.
Não somos quem somos.
Somos algo por encontrar
nas infindas notas
de uma música maior,
uma música que é de todos,
onde todos somos Um.
Julho 2021 Hugo Ferreira Pires
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