Viajas, meu coração, num mundo de
tempo vindouro
Sobre um mar sem tréguas onde se ergue
a viagem,
Onde naus antigas elevaram suas velas
ao alto de ouro,
Gritando a liberdade do sonho, da
aventura e da coragem.
Anseias, meu coração, pelas sonhadas
terras distantes,
Navegando entre o céu infinito e o mar
flutuante,
Orando no convés, de olhos fitos nas
estrelas ofuscantes,
Onde Deus é declamado a cada poema de
esperança latejante.
Chegas, meu coração, num porto de
chão salgado de memórias,
Onde gentes ali trocaram os dissabores
pelos sabores da vida,
Onde naus atracaram os seus ventres
inflamados de histórias,
Onde descobertas se fizeram com a luta
de gente erguida.
Queres, meu coração, viver um ventre
de descobertas
Numa linha de tempo secular, milenar,
universal,
Lutando pelo desabrochar das terras
encobertas.
Buscas, meu coração, o oxigénio da
tua chama astral,
A qual será a chave das ancestrais
terras abertas,
Onde finalmente encontrarás a razão existencial.
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