Brasil, terra longínqua do meu lugar,
Quimera da minha infância distante…
Aqui tão perto…
E no meu coração nostálgico, um aperto...
De ti vieram esses sons e histórias
Num português de sotaque sublime
Mostrados assim numa janela de tempo,
Num televisor bem no meio sala.
Nas tuas novelas ri e chorei,
Junto de Índios e em selvas tropicais
viajei,
No sertão trabalhei e em cavalos montei,
Em favelas com negros e brancos me
entendi.
Brasil, terra centenária onde injustiças
mataram
Mas também onde lutas sublimes lograram.
E nesse misto de história presente e
antiga,
Deixo-me abraçar nesses teus braços
atlânticos.
Tábuas de pinho arqueadas e navegantes
Almejaram tuas praias virgens
E te trouxeram outros credos e costumes.
Mas tu, tu nos deste mais,
Deste-nos tua alma coroada de divino!
Tuas cores, ritmos, frutos e sabores
Invadem-me o espírito saudoso de uma outra
vida,
Onde embrenhado num outro corpo
Certamente me fundi nessa tua voz vital,
Grito sublime de beleza sem igual!
Brasil, tua música ecoa em mim
Como um coro ressoa num templo divino.
Tuas notas índio-luso-africanas
E de todas as partes deste mundo glorioso
Amplificam tua alma sobre um Atlântico
saudoso.
Brasil, sangue da minha alma antiga,
Viajada num tempo perdido no vento,
Hei de ainda novamente pisar esse chão,
Magia acontecendo em lágrimas de emoção.
Amo-te Brasil.
Amo-te Brasil.
Fevereiro, 2017 Hugo Ferreira Pires
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