Levitando
sobre um globo de água,
Sob dois sóis imensos,
Inspiro um
ar de trégua,
Recordo países imersos.
Onde estão os continentes?
Onde estão as praias?
Onde estão os sorrisos eminentes?
Onde estão as vidas?
Penetrando
no oceano profundo,
Descendo nas
águas luzentes,
Percebo um
clarão oriundo
De translúcidas cápsulas
ardentes.
Em que mundo
estou presente?
Que cidades
se afiguram?
Que coisas?
Que gente?
Que tempos
se prefiguram?
Levitando
sobre as cidades,
Sob a forte
iluminação,
Tudo parece
atrás de grades
Como se
fosse uma prisão.
Porquê ali viver?
Quem os
obrigou?
Porquê ali permanecer
Longe da luz
que os gerou?
É um mundo distante,
Sem terra aflorada
ao ar...
É feito de oceano constante
Sem vida
acima do mar...
Outrora
havia terras e praias,
Um mundo no
ar exterior,
Mas o tempo
derreteu as águas
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