quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Gaivota

Voar viçoso votado à vida,
Voar vital vivido à vista;
Esvoaçar esvaído esmagado na espera,
Esvoaçar esmorecido esvaziado de esperança.

Danada dualidade dominadora:
Dia e dor dividem a decisão;
Ora dia, disposto a dar e a dilatar,
Ora dor, disposta à dolosa delação.

Totalizo-me transportado no todo,
Sucumbo solitário sem sentido…

Mundo marcado de múltiplos mundos:
Misticismos e materialismos,
Multiculturalismos e monopolismos,
Misantropismos e maquiavelismos;

Maviosas mãos de magnanimidade,
Mafiosas mãos de maldade,
Coroados corações de caridade,
Comprados corações de caras e coroas.

Voa gaivota voa, neste céu onde grito,
Torna-te a inexorável fénix do infinito!

Setembro 2017          Hugo Ferreira Pires


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