sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Lisboa

Allis Ubbo, Olissipo e al-Lixbûnâ
são antigos sons de fortuna
de seu nome intemporal:
Lisboa, coração de Portugal!

Ulisses a fez imponente
junto ao mar do Ocidente;
morre o sol no horizonte,
renasce Pégaso a Oriente.

Porto seguro do Novo Mundo,
do sétimo céu oriundo;
ímpares naus e caravelas enviou,
os sete mares navegou.

Brilhando douradas e finas
se vislumbram sete colinas;
de seus cumes emerge sublime
a aura que Lisboa exprime.

Das profundezas das vielas
e das distantes caravelas
nasceu seu canto preferido:
o Fado, profundo e sentido...

Gemem as guitarras com acuidade
desencantos, amores e saudade;
e ao luar o Tejo enaltece
a melodia que estremece.

No rosto da Europa antiga
Lisboa respira e abriga:
inspiração de um mundo global,
projeção de paz universal.

Lisboa, alma mareante
dos oceanos fulgurante,
resplandece sobre mares e terra
a Luz que sua alma descerra...

Setembro 2017          Hugo Ferreira Pires



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