Rola a bola nos relvados
Manchada de maus olhados,
Remates de língua comprida
A cada jogada desferida.
Livres e penáltis saem impunes,
Fintam-se regras e bons costumes;
Simulam-se faltas com ardileza,
Engana-se a verdade com baixeza.
Pontapés do canto dos refúgios
Cruzam palavras e subterfúgios;
Cabeceia-se para fora o esférico
E lança-se o estado colérico.
No meio de tanto lodo
Entram golos fora de jogo,
Mas todos aplaudem contentes
Sejam adeptos ou presidentes.
E o jogo segue lamacento
Bem além do prolongamento,
Atolados num campo lastimoso
Todos sopram seu apito raivoso.
Leões, Águias e Dragões,
Todos numa arena de ilusões,
Desferem ataques farpados
Repletos de ódios viciados.
Melhor fora que se unissem
E numa só voz proferissem:
Sejamos amigos na derrota e na vitória!
Façamos do futebol um desporto de glória!
Abril, 2017 Hugo Ferreira Pires
Manchada de maus olhados,
Remates de língua comprida
A cada jogada desferida.
Livres e penáltis saem impunes,
Fintam-se regras e bons costumes;
Simulam-se faltas com ardileza,
Engana-se a verdade com baixeza.
Pontapés do canto dos refúgios
Cruzam palavras e subterfúgios;
Cabeceia-se para fora o esférico
E lança-se o estado colérico.
No meio de tanto lodo
Entram golos fora de jogo,
Mas todos aplaudem contentes
Sejam adeptos ou presidentes.
E o jogo segue lamacento
Bem além do prolongamento,
Atolados num campo lastimoso
Todos sopram seu apito raivoso.
Leões, Águias e Dragões,
Todos numa arena de ilusões,
Desferem ataques farpados
Repletos de ódios viciados.
Melhor fora que se unissem
E numa só voz proferissem:
Sejamos amigos na derrota e na vitória!
Façamos do futebol um desporto de glória!
Abril, 2017 Hugo Ferreira Pires
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